Depois de dois anos de pandemia da Covid 19, as Dioceses do Mato Grosso do Sul, Regional Oeste 1 da CNBB iniciam
o retorno para suas atividades presenciais. No sábado (18/12) foi a vez da Diocese de Jardim oficializar a sua volta ativa e efetiva, para esse novo estilo de vida, o “quase” pós pandemia.
Numa Assembleia muito concorrida, tão bem-organizada e estruturada, com a presença das suas 13 paróquias, representadas pelos Párocos e Lideranças Leigas e Religiosas, Jardim deu um passo grandioso e decisivo para uma nova visão pastoral, partindo da grande experiência que foi a Escuta para a Assembleia Eclesial Latino Americana e Caribenha, e para o que está sendo o processo Diocesano para a ESCUTA do Sínodo 2021-2023.
As reflexões da Assembleia foram todas embasadas pelo Vade-mécum, o Documento Preparatório do Sínodo, A Síntese da Escuta realizada no Regional e o Itinerário para formação para o Sacramento do Matrimônio no estilo Catecumenal.
A Assembleia com a presença ativa de Dom João Gilberto de Moura, Bispo da Diocese aprovou por unanimidade as 
próximas ações que serão vivenciadas e todas as comunidades da Diocese a partir de 2022:
- NÚCLEOS DE PARÓQUIAS PRÓXIMAS PARA A FORMAÇÃO (SOBRE O SÍNODO E OUTRAS);
- PARÓQUIAS TRABALHANDO A VIDA PASTORAL COM MAIOR AFINIDADE;
- RESGATE DA DIMENSÃO BÍBLICO QUERIGMÁTICA;
- INCENTIVO NO PROCESSO DE DESCENTRALIZAÇÃO NAS PARÓQUIAS;
- “SINODALIZAR” OS TRABALHOS E COORDENAÇÕES (EQUIPES DE COORDENAÇÃO / ARTICULAÇÃO);
- “DESVIRTUALIZAR” A VIDA, PERCEBENDO A LATÊNCIA DO REAL (MAIOR CAPACIDADE DE INSERIR A IGREJA NAS SITUAÇÕES CONCRETAS DA VIDA DAS PESSOAS)
A experiência comunitária, não obstante todas as dificuldades, ficou muito marcada. A atenção e o interesse do Povo de Deus (verdadeiro sentido desta expressão) presente na Assembleia foram palpáveis, pela participação ativa nos trabalhos de grupo, que delinearam como serão os passos no ano que está chegando.
Se a pandemia isolou as comunidades por quase dois anos, também fez desabrochar nas pessoas uma sede de fazer uma pastoral mais voltada para o outro, num processo de descentralização e desburocratização do serviço, do anúncio, e ao mesmo tempo, deixou entrever que ainda há muito o que fazer, principalmente no que diz respeito à caridade (dimensão social da fé).
É muito bonito e animador, ver uma diocese, que retorna para suas atividades com uma GRANDE ESPERANÇA. Será esta esperança, mesmo se vivida em meio a tantos desafios, que vai alavancar todas as ações pastorais da Diocese num verdadeiro processo de construção de um caminhar juntos, como segundo o Vademécum, é o DNA da Igreja, e que para o Papa Francisco será o jeito de ser Igreja no Terceiro Milênio.
O que se viu na Assembleia, é que todos estão conscientes das dificuldades que advirão, mas ninguém pareceu pensar em retroceder, pelo contrário, o que presenciou foi o Povo de Deus daquela Igreja Particular, querendo avançar para águas mais profundas, na certeza, de que é fazendo ao largo, que a Boa Nova se torna ação nos corações de quem anuncia e de quem ouve a Palavra, e assim, a Vida em comunidade deixa de ser eventos e passa a ser um processo de comunhão, participação e missão.
A Assembleia deixou muito claro, que a Diocese de Jardim volta para uma grande esperança, e dará sequência à construção de um novo jeito de ser Igreja: uma Igreja que escuta e executa o que ouve.
Parabéns à Diocese de Jardim, que 2022 seja mesmo o ano da volta com esperança e muita ternura.