Se o coração não arde por jesus, os pés não andam!
O título desta matéria poderia ser também: “Vós sois o sal da Terra! Vós sois a Luz do mundo”, que a meu ver estaria dizendo a mesma. Poderia ser também, um grande VIVA CRISTO REI DO UNIVERSO! Porém optei por esta frase, que alguém disse em uma reunião de missionários. Por que desta minha reflexão? Porque hoje na Igreja do Brasil, iniciou uma caminhada de 365 dias de homenagem aos Leigos e às Leigas, que fazem desta Igreja o que ela é: cheia de arranhões, lamas, dores, mas principalmente uma Igreja viva, que se reinventa, se levanta quando cai, sofredora, mas gingante em sua missão de fazer chegar até os lugares mais recônditos a Palavra de Deus, o Verbo Incarnado, Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. São os milhões de Fiéis, Leigos e Leigas, que dão visibilidade à presença de Deus nesta sociedade brasileira, tão conturbada pelos últimos acontecimentos sócio-políticos.
O Ano do Laicato, vem alertar a Igreja, que Leigos e Leigas não são um apêndice na estrutura eclesial, mas sim, são parte integrante e irrenunciável do serviço ao Reino, por isso, são chamados serem “protagonistas na transformação da sociedade” (Doc. São Domingos n. 98). E é neste protagonismo, que são convocados a serem “homens e mulheres da Igreja no coração do mundo e homens e mulheres do mundo no coração da Igreja” (Doc. Puebla n. 786). Os bispos brasileiros, reconhecem nos Leigos e Leigos como agentes que dão o formato de uma Igreja mais completa, quando afirmam: “Queremos reconhecer os diferentes rostos dos cristãos leigos e leigas, irmãos e corresponsáveis na evangelização. São para nós motivo de alegria e de ânimo na vivência do ministério ordenado” (Doc. 105 n. 51).
O nosso Regional Oeste 1, elegeu como eixo transversal das suas ações, a vivência deste ano tão especial. E por isso, hoje nos alegramos muito com todas as Dioceses, Paróquias e Comunidades, que fazem deste dia o primeiro de um percurso de reconhecimento e abertura de espaços para que os Leigos e Leigas, sejam o que representam na Igreja, o sal que dá sabor e a luz, que ilumina os cantos obscuros da nossa realidade sul-mato-grossense. Unidos a toda Igreja seguiremos este caminho de serviço e animação missionária, que o mundo tanto espera de nós. Por isso, para que a nossa Igreja seja mesmo uma Igreja que carregue em si o cheiro do seu rebanho, Bispos, Sacerdotes, Diáconos, Religiosos, Religiosas e todo o Povo de Deus, que formamos a grande assembleia dos escolhidos, para que todos os dias, com nossas vidas façamos memória da presença de Jesus Cristo, Mestre e Guia, precisamos encarnar em nós e em nossas ações, a cultura do diálogo, da inclusão e da presença afetiva e efetiva na vida e na história de cada irmão e cada irmã, que transitam pelos nosso areópagos. Somente assim, testemunharemos “uma fé autêntica, que nunca será cômoda nem individualista, mas sim será um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar o nosso Regional um pouco melhor, após a nossa passagem por ele” (EG, n. 183).