“Faça-se em mim a tua Palavra”! O Grito que vem do Panamá!

“ela vem de dentro, de dentro ela vem, toda a energia que a JMJ tem”.

“Faça-se em mim a tua Palavra!”

Ao redor deste versículo do Evangelho de Lucas, o mundo inteiro está reunido no Panamá para expressar-se na maior força da Humanidade: a Juventude. De hoje, dia 23 até dia 28 de janeiro, jovens do mundo inteiro estarão ali, junto com Pedro/Francisco para dizerem ao mundo, mas principalmente à Igreja, que é hora de ouvir a voz que vem da juventude.

A sensibilidade e a transparência próprias da juventude gritarão em alta voz, que eles não vieram a este mundo a passeio, não são crias de estimação de ninguém e, que mesmo sendo considerados inexperientes, eles, os jovens sabem muito bem o que querem e para onde desejam ir.

“Faça-se em mim a tua Palavra” (Lc 1, 28), não foi uma escolha ao acaso, ou porque se pensou que cairia bem para um evento mundial como este. Teologicamente falando, o “faça-se em mim”, não foi nenhuma subserviência, mas um ato de fé incondicional de alguém, que muito longe de ser ingênua, sabia muito bem quais seriam as consequências de desafiar o “stabelichment” de uma época conturbada e opressora.

O “faça-se em mim a tua Palavra”, no Panamá, na América Central ecoará como um grito profético, onde os jovens, considerados vulneráveis, mostrarão ao mundo, o que mostrou a Autora Original da frase, Maria de Nazaré. A Jovem Nazarena, mulher, sem significância, e até então sem voz, acabou com todas as previsões humanas, prognósticos rabínicos e trouxe ao mundo o Rei dos Reis, Jesus Cristo de Nazaré, o novo Moisés, que conduziria as nações à Terra Prometida.

Nos admiramos tanto com as virtudes e a eloquência de Jesus, e quase nunca nos lembramos, que foi de Maria, a Virgem já anunciada pelos profetas, que Ele recebeu a vida e a educação, que teve. Ele é carne da carne dela, nas suas veias correm o mesmo sangue que corre nas veias dela. Às vezes as nossas almas preguiçosas, e nossos espíritos embotados, preferem fantasiar uma Maria pacata, submissa e amorfa, colocando-a em nichos e berlindas, intocável, porque é mais fácil ser assim, dá menos trabalho. Porém para a Juventude essa não é a Maria de verdade. Maria de verdade é aquela que disse ao Anjo “faça-se em mim a Tua Palavra” e logo partiu montanha a fora para se encontrar com Isabel e ajuda-la. E ali fez ecoar o Hino mais revolucionário: o MAGNIFICAT (Lc 1, 39-56) É a Maria, que não teve medo de andar errante pelos caminhos entre Nazaré e o Egito para levar em frente um projeto, que lhe fora confiado, cuidar do Salvador. A Maria da Juventude é aquela que enfrentou a fúria dos fariseus e romanos, para estar firme e forte aos pés da Cruz acompanhando de perto a morte do seu Filho pendurado numa cruz, porque Ele não cedeu aos conchavos nem da religião e nem do estado.

O “faça-se em mim segundo a tua Palavra”, que vem do Panamá, pela boca da Juventude é o mesmo, que dissera a Maria do Pentecostes, que obediente ao seu Filho, esperou em oração e diálogo junto com os discípulos a vinda avassaladora do Espírito Santo, que espalancou as portas, que o medo havia fechado.

Em jornadas anteriores os Papas sempre diziam aos jovens: “não tenham medo”, e tudo indica, que eles aprenderam isso, porque agora gritam: “faça-se em mim”! e esta é a mesma resposta, que Maria deu ao anjo, quando ele lhe disse: “não temas Maria”. Hoje o mundo espera ansioso por esta lufada do vento benfazejo, que chega do Panamá e que se espalhará por toda a Terra. O sopro do Panamá, terá a mesma força e impulsão do sopro de pentecostes. E certamente, quem se acorrentou a um tronco, que não seja de onde veio o rebento de Jessé, terá grandes problemas com as correntes, pois a Maria de Nazaré e de todos os lugares, não é uma escrava, é Serva por livre e espontânea vontade, de um Deus, que não tolera mediocridade, indolência, falso pudor e principalmente hipocrisia.

Que a JMJ do Panamá, nos ensine a todos, o que a jovem Maria de Nazaré ensinou ao mundo: “faça-se em mim a tua Palavra”. E que a Juventude do Brasil, jovem como Ela, nos ajude a descobrir o verdadeiro sentido do Magnificat, principalmente em defesa dos sem voz e sem vez, que perambulam nas periferias de nossas Igrejas e comunidades cristãs.

E para curtir Panamá 2019: “ela vem de dentro, de dentro ela vem, toda a energia que a JMJ tem”.