Direitos Humanos! 71 anos de uma conquista universal, que ainda precisa de cuidados!

“todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.

Há 71 anos, em um dia como hoje, 10 de dezembro, as Nações Unidas, adotavam como regra comum de convivência humana, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que em seus 30 Artigos orientam como se deve viver em uma sociedade humana civil.

A Declaração dos Direitos Humanos, tão desrespeitada, e atualmente tão criticada, não é causa dos descaminhos da Humanidade. O que causa descaminhos, é a impunidade daqueles que se arvoram no direito de não respeitar o outro em sua dignidade. O que fere a sociedade, é a ganância de alguns, que se eximem de seus deveres e avançam vorazmente sobre os direitos dos outros. O Art. 1º da Declaração diz que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.

Atualmente vivendo a experiência de uma bipolaridade coletiva, principalmente nos países subdesenvolvidos, os Direitos Humanos, de harmonizadores de convivência que são, se tornaram grandes inimigos, de quem sempre quis ter e ser mais que os outros. Por isso não é raro em nosso dia a dia, escutar pessoas, criticando os Direitos Humanos e lhe imputando tudo o que acontece de errado na sociedade.

Em tempo de fragilização das relações pessoais, transformadas em direitos individuais, causadoras de atitudes extremamente egoístas, os Direitos Humanos preconizam que

não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania”.

Ninguém deve ser tratado com diferença, por nenhum motivo. Onde alguns estão vendo absurdos dos Direitos, uma maioria absurda está sendo violada naquilo que lhe é mais sagrado, o seu direito de ser quem é.

O Art. 18º diz que “todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular”. Então se conclui, que as pessoas não podem ser ameaçadas por fazer opções de quaisquer ordens, desde que sua opção não machuque àquela do outro.

Está na hora da gente começar respeitar o outro e ajudar a defender a quem tiver seus direitos lesados, principalmente, quando o lesador é o Estado, que é o garante da cidadania de cada um dos seus membros, que devem ser tratados com igualdade e dignidade e com isonomia de condições. E para concluir, o Art. 19º diz, “todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”, portanto, ninguém pode censurar ou cercear o pensamento ou a expressão do outro.

Sabemos, que a Declaração dos Direitos Humanos, essa nobre e idosa senhora, não teria vida fácil, mas como ela não nasceu de compadrio, e sim, de um compromisso de nações afetadas pelo desvario das guerras mundiais, cada homem e cada mulher precisa lutar para que ela seja sempre nova e atual.

Nenhum Direito a menos! E cada dever deve ser cumprido à risca!