Um brinde à Missão!
Este ano estamos comemorando um ano jubilar missionário, significa dizer, que como batizados estamos todos jubilandos. Toda pessoa batizada é missionária e isso não é uma escolha é a prerrogativa do Batismo. No passado, numa concepção mais simplicista, missionário era aquela pessoa, que deixando sua terra natal, partia para outros países a fim de anunciar a Boa Nova. Hoje, sabemos, que todos aquelas e aqueles que são conscientes de seu batismo, sabem que são enviados a anunciar, onde quer que se encontre, e aí, todo batizado é um enviado, discípulo missionário.
O tema deste Ano Jubilar que estamos vivendo é: “A IGREJA É MISSÃO”, inspirado nos Atos dos Apóstolos, “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8) ou seja, nós somos missão e missionários, mulheres e homens, que imbuídos do Espírito Santo se dispõem a anunciar a Palavra de Deus. Importante, que tenhamos essa clareza, não somos chamados a anunciarmos a nós mesmos ou qualquer outra palavra, mas a Palavra de Deus. Quando em nossas longas e cansativas pregações anunciamos pensamentos ou palavras por mais belos que sejam, mas que não são a Palavra, podemos estar fazendo qualquer coisa, menos sendo Igreja e nem tão pouco sendo missão.
Ser missionário é ser uma janela aberta para o mundo, é sentir-se chamado a olhar e ajudar a transformar o mundo em um lugar melhor para se viver. Se anunciamos a Palavra de Deus, precisamos também termos em nós o seu olhar, um olhar de ternura, que ama e protege todo o seu Criado. O olhar de Deus não discrimina, ele alcança a todos, acolhe a todos.
Nossa consciência de missionários, nos diz que missão é la onde a gente se encontra, mas existem alguns lugares do mundo, que além de nossa presença, precisam também de recursos, que possam tornar a missão mais plena. Existem cantos do mundo, onde a vida humana é tratada sem nenhuma dignidade e para isso, os missionários, sejam os autóctones, sejam os ad gentes necessitam de apoio para exercerem sua missão como devem. Por isso, nos Dias Mundiais das Missões 22 e 23 de outubro, as Arquidioceses, Dioceses e Prelazias animam a Coleta Missionária em todo o Brasil. Nestes dias, as ofertas são integralmente enviadas às Pontifícias Obras Missionárias (POM) que as repassam ao Fundo Universal de Solidariedade para apoiar projetos em todo o mundo. Minha fé, e meu batismo me dizem, que eu preciso comprová-los fazendo boas obras, nestes dias, somos chamados a partilharmos do nosso pouco com aqueles que têm muito menos que nós. É dia de sermos solidários com os mais necessitados.
Nossa participação ativa na missão, abrilhantará e muito esse Ano Jubilar. Afinal de contas estamos comemorando datas muito importantes para a Igreja. Estamos festejando o Ano Jubilar Missionário, no âmbito internacional celebramos 400 anos de criação da Congregação para Evangelização dos Povos, 100 anos que o Papa Pio XI concedeu as Obras Missionárias um caráter Pontifício e a beatificação de Paulina Jaricot que há 200 anos fundou a Pontifícia Obra da Propagação da Fé. No âmbito nacional celebramos 50 anos de criação do Conselho Missionário Nacional (COMINA); 50 anos das Campanhas Missionárias; 50 anos dos Projetos Igrejas Irmãs; 50 anos do Conselho Missionário Indigenista (CIMI), 50 anos do Documento de Santarém, 60 anos do Centro Cultural Missionário (CCM) e 70 anos da criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A missão e a festa são de todos nós Cristãos e Cristãs e o presente será para Jesus Cristo, não somente nossas orações, mas nosso fazer missionário. Com júbilo deixemos que nosso Batismo seja prático e operoso.
Parabéns para nós, Igreja Missão, e que venham muitos anos de vida e missão neste Chão Sul-mato-grossense, chão de muita esperança, mas também manchado de sangue de irmãos e irmãs Indígenas e marcado com tanta dor. Que a grandeza da Palavra faça triunfar o amor, a ganância seja suplantada pela fraternidade e o egoísmo dê lugar à unidade.
NÃO SE ESQUEÇA! Dias 22 e 23 de outubro é dia de doar para as Missões.