Sou muito mais Francisco!
O Papa e os Bispos não são para se gostar, e sim, para ama-los e respeita-los.
Saudação de Paz e Bem!
Essa é a saudação franciscana. Somente quem chamava tudo e todos de irmãs e irmãos poderia ter cunhado uma saudação dessa. Foi a lembrança do Grande Francisco de Assis e a sua ternura para com o outro, principalmente os mais pobres, que provocou em Jorge Mário Bergoglio, a escolha de ser outro Francisco. O Francisco, aquele de Assis, não era nenhum santo, ele se fez santo, quando chamado a reconstruir a Igreja de Cristo. Em tempos diferentes, mas em situações tão parecidas, o Francisco, aquele de Buenos Aires, foi chamado, para trazer de volta à humanidade não somente a saudação, mas a conversão para o PAZ e BEM.
Diante de uma realidade mergulhada em uma desenfreada busca do mais fácil, do quanto mais fútil e vulgar melhor, o Espírito Santo, leva da América Latina para Roma um homem com a simplicidade, a tenacidade e a coragem do “Pobrezinho de Assis”.
O que estamos vivendo nos últimos tempos, os ataques a tudo o que o Papa Francisco fala ou faz, parece assustador. A coisa que mais impressiona, é que esses ataques vêm principalmente de católicos, e inclusive alguns membros da hierarquia eclesiástica, que publicamente juraram obediência aos sucessores dos apóstolos, os bispos e mais ainda, ao Vigário de Cristo, o Santo Padre, o Papa, neste momento o Papa Francisco.
O que se visualiza, é que a banalidade, não do contraditório, mas do desequilíbrio defende e enaltece as atitudes mais insanas e boçais, que atingem a ética e a moral básicas, que em nome de Deus tanto se defende. Posso estar enganado, mas é graças à coragem e o cristianismo do Papa Francisco, que ainda temos sensibilidade e lucidez para defendermos, que nem tudo está perdido.
A Igreja do Brasil, coordenada em todo o território por bispos, clérigos, religiosos e religiosas, leigos e leigas corajosos, hoje é o grande ponto de equilíbrio, que garante que não mergulhemos num lamaçal de imoralidade ou numa orgia regada com o sangue dos mais vulneráveis. E no tom da teologia poética do Grande Dom Helder Câmara, que dizia:
“Não, não pares! É graça divina começar bem, mas a graça maior é persistir no caminho certo mantendo o ritmo. É graça ainda maior é não desistir, embora caindo aos pedações chegar até o fim”.
É essa coragem de nunca permitir que o mal vença, que faz como diz o Presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, que “na Igreja somos seus servidores”, e isso nos faz entender, que não há senhores e nem privilégios, que a identidade do servidor não é a sua boutique, mas as suas mãos calejadas e seus pés empoeirados.
Vivemos hoje uma conjuntura político-social, que insiste em reanimar um modelo econômico-político-social falido, graças ao colapso provocado pela ambição burguesa de ter mais coisas, que sensibilidade e humanidade.
Em meio a este turbilhão, onde todo mundo se arvora no direito de teologizar para defender-se ou defender o indefensável, a hipocrisia, é que a Igreja verdadeira com o tom de Francisco, chama com ternura o mundo para vislumbrar a Querida Amazônia, paradigma dos sonhos de uma humanidade que não quer morrer. É importante, que na reflexão da Exortação Pós sinodal, tomemos consciência, de que ninguém pode ficar do lado de fora. O autoritarismo demente não pode ser critério de governabilidade. Não é excluindo ou retirando direitos cidadãos, que o mundo da fantasia vai acontecer, mas sim, é com solidariedade com os mais fracos e no diálogo com a diversidade, que uma sociedade, uma Igreja se torna robusta e compacta.
É na senda do Papa Francisco, do seu Magistério e na Doutrina Social, que as leis podem ser fortes. Primeiro a vida, depois as normas. Nenhuma lei ou projeto, que atentem contra a vida podem prosperar.
Para que a humanidade continue “os crentes precisam encontrar espaços para dialogar e atuar juntos pelo bem comum e a promoção dos mais pobres”. E assim a vida está garantida e protegida.
Sem o Papa não há Igreja católica, portanto, quem não o aceita não é católico. Por isso, que seguimos de olhos fixos em Jesus Cristo, mas com os ouvidos e o coração atentos ao que dizem o Papa Francisco e os nossos bispos, sucessores dos apóstolos.
O Papa e os Bispos não são para se gostar, e sim, para ama-los e respeita-los.